Sob a Bandeira do Tempo
(Versão Final e Oficial da Linhagem Wermelinger)
Invocação
Em nome dos que cruzaram montanhas,
dos que fincaram estacas em terras estranhas,
dos que empunharam espada ou ergueram capela:
que eu fale agora — raiz viva que sou.
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Corpo
Do velho Hof brotou o som:
Wermoldingen — sílaba que o vento nunca cala.
Em cada pedra, um vestígio;
em cada descendente, um destino.
Hans, Johannes, Adelheid:
ecos que não se dissolvem,
sombras de rocha,
memórias de ferro.
Capela erguida, altar consagrado,
sino que vibra no tempo fechado.
Em Ruswil, as mãos de um Wermelinger
esculpiram o sagrado.
Caspar, o indomável,
sob bandeira inimiga avançou —
não por glória,
mas para que a chama jamais se apagasse.
Troféu de prata, honra selada,
bandeiras arrancadas,
memória alçada
ao livro invisível da eternidade.
De Wolhusen a Lucerna,
de sangue a sangue,
de alma a alma,
a linhagem nunca quebrou.
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Juramento
Que nunca se perca o que um dia nos forjou.
Eu, herdeiro do nome e da travessia,
juro:
manter acesa a chama,
fincar os pés na terra,
elevar o olhar ao céu
e nunca — nunca —
deixar que a memória se apague.
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Fecho
Pois Wermelinger não é só um nome.
É selo.
É farol.
É espada.
É raiz.
E sou eu.
Tiago Wermelinger
Duas Barras, 24 de abril de 2025
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