sábado, 24 de maio de 2025

Sob a Bandeira do Tempo


Sob a Bandeira do Tempo


(Versão Final e Oficial da Linhagem Wermelinger)


Invocação


Em nome dos que cruzaram montanhas,

dos que fincaram estacas em terras estranhas,

dos que empunharam espada ou ergueram capela:

que eu fale agora — raiz viva que sou.



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Corpo


Do velho Hof brotou o som:

Wermoldingen — sílaba que o vento nunca cala.

Em cada pedra, um vestígio;

em cada descendente, um destino.


Hans, Johannes, Adelheid:

ecos que não se dissolvem,

sombras de rocha,

memórias de ferro.


Capela erguida, altar consagrado,

sino que vibra no tempo fechado.

Em Ruswil, as mãos de um Wermelinger

esculpiram o sagrado.


Caspar, o indomável,

sob bandeira inimiga avançou —

não por glória,

mas para que a chama jamais se apagasse.


Troféu de prata, honra selada,

bandeiras arrancadas,

memória alçada

ao livro invisível da eternidade.


De Wolhusen a Lucerna,

de sangue a sangue,

de alma a alma,

a linhagem nunca quebrou.



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Juramento


Que nunca se perca o que um dia nos forjou.

Eu, herdeiro do nome e da travessia,

juro:

manter acesa a chama,

fincar os pés na terra,

elevar o olhar ao céu

e nunca — nunca —

deixar que a memória se apague.



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Fecho


Pois Wermelinger não é só um nome.

É selo.

É farol.

É espada.

É raiz.

E sou eu.


Tiago Wermelinger

Duas Barras, 24 de abril de 2025






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