segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Lucerna, Julho de 1962



Lucerna, Julho de 1962

Ao meu prezado amigo de além-mar,

Sinceros agradecimentos pela s/prezada carta de tão longe.Fiquei agradavelmente surpreendido em receber nova noticias.Infelizmente, só agora pude responder, pois estive doente por muitas semanas e fui um balneário, para uma cura de nervos.

Também não é possível fazer-me traduzir para o português já que não se fala esta língua na Suíça, apesar de ser de um Estado europeu.Mais facilmente, se encontraria um tradutor para o espanhol.Mas traduções são também muitos caras.Hoje, quando em a/ país industria se encontra em franca prosperidade, importamos muitos trabalhadores espanhóis, que aqui ganham muito bem.porém ocupamos muito mais italianos, já que provêem de um país vizinho.Contam-se hoje na Suíça, mais de meio milhão de trabalhadores provindos de outros países, que aqui ganham o seu pão e mandam não pouco dinheiro para casa.Um tão grande emprego de trabalhadores, jamais aconteceu nos quase 700 anos de existência da Suíça, existindo poucos indícios de uma redução.Há naturalmente também o reverso da medalha, qual o aumento de preços.(...)

Isso digo apenas de passagem, o que naturalmente, muito interessa.Constrói-se muito, o que oferece, muitas oportunidades para trabalho.A industria de máquinas e também a relojoaria pode exportar os seus produtos de qualidade para o mundo.E então, o turismo a Suíça é o pais de férias do mundo inteiro.

Em face dessas realidades, eu me pergunto se o Sr, não cogita em voltar a Pátria ancestral.Existe trabalho suficiente, tanto na industria como na agricultura.Mas a permissão de entrada no país, para o além-mar demora muito e a mudança custa muito dinheiro.A isso se junta que as mulheres brasileiras não gostam de emigrar.Também seria preciso aprender outra língua.Aqui na Suíça, especialmente, alemão, francês, em parte também italiano.No ramo hoteleiro o inglês é indispensável.

Não consegui adiantar a crômica da família.Quase não posso compreender como o Sr, ignora de qual lugar, procede o seu antepassado que emigrou primeiro.Isto seria a base para as pesquisas seguintes.Sem isso, todo o esforço será inútil.Comprei-lhe especialmente um livro caro, onde estão fotografias de lugares de onde procedem os Wermelingers ou ainda residem alguns.Infelizmente, falta uma aldeia, Hergiswil, uma aldeia de lavradores , atrás de Wilisau, esta fotografada diversas vezes no livro.Apostaria muito que o seu antepassado procede da região de Wilisau ou Hergiswil, pois aí se encontraram ou se encontra, o maior número de Wermelingers.Naturalmente conta Lucerna a maioria, pois todos emigraram do interior para esta cidade, para encontrar melhores condições de trabalho.Ademais, remeto-lhe fotos da Suíça, admitindo que encontrarão grande interesse e alegria no circulo dos seus Wermelingers, e amigos.

Também quero enviar-lhe fotos de nossa família, pois os seus retratos também muito me alegraram e a minha família.Quando o Sr. Receber esta carta, meu filho Walter estará na escola dos recrutas de Beijern, nas imediações de Freiburg de onde o Sr. Já citou alguma descendência.

Quando outros nomes de família citados pelo Sr. nada mas sei quanto a sua descendência , pois não pôde ser mais examinado.porém acredito que suas pesquisas e suposições sejam quase certas e o Sr. Pude ler o texto no o texto no livro de Lucerna, o Sr. descobrirá muitas indicações interessantes.

Achei muito interessante a sua referencia sobre as condições geográficas e cosmopoliticas no Brasil tão grande e tão pobre em população.Nos jornais lê-se muito sobre agitações nos arredores do Rio.Espero que em suas montanhas, conheçam apenas sossego e paz.Já que este volume é pesado não pude remetê-lo pelo correio aéreo.Assim demorará mais algumas semanas, mas nos interessaria saber se receberam tudo bem.

Eu e minha família recebemos novas noticias com muito prazer.agora finalizo minhas explanações, esperando que minhas linhas os encontrem com saúde.Minha família e eu os saudamos de todo o coração desejando-lhes todo o bem.

OTTO WERMELINGER

St, karlistras. 68

Luzern- Shcweiz- Europa.

(Fonte Walter Wermelinger)

domingo, 18 de janeiro de 2009

NASCIMENTO DO CONTATO ENTRE A FAMÍLIA WERMELINGER DO BRASIL COM A FAMÍLIA WERMELINGER DA SUÍÇA

Quando residi em Duas Barras até os oito anos de idade não tinha a mínima noção do que era a Suíça e, só quando fui para Nova Friburgo é que comecei a entender principalmente pelo hino da cidade que cantávamos na escola que dizia:”salve brenhas do Morro Queimado que os suíços ousaram varar...”

Comecei a assistir filmes conhecendo mais ainda a Suíça, pois de vez em quando havia referencias ao canivete suíço como no filme Red River (Rio vermelho) ou o Queijo Suíço com o Gordo e o Magro, mas, sempre num sentido de respeito e posteriormente, soube que os suíços, em virtude de não haver trabalho para todos, empregavam-se como soldados contratados por outras sociedades ( mercenários), com isso adquirindo, fama de lealdade, pois ao contrário de outros mercenários, eram fiéis como aqueles que os haviam contratados, não se vendendo contra os quais lutavam, mesmo que até fossem defensores de princípios democráticos( pois a Suíça era o único país do Mundo que tinha uma democracia direta).exemplo: Na queda da bastilha na Revolução francesa os mercenários suíços ficaram fiéis a Monarquia, morrendo todos em luta contra os Revolucionários, sendo por isso homenageados em monumento na Suíça. Um fato que comprova isto, é que a guarda do vaticano até hoje é composta por suíços, mesmo sendo a Suíça uma sociedade cuja metade dos habitantes são protestantes;Meu avô Norberto, contou certa ocasião que um determinado brasileiro, acostumado com deficiência do nossos Correios, foi convidado para uma festa, e como resolveu não comparecer, informou que havia enviado um telegrama, entretanto, o anfitrião suíço pesquisou nos correios de lá e verificou que o brasileiro mentira.

Em Niterói conheci famílias membros da colônia alemã tais como: Gauderer, Wendelin, Berk, Gübitz, sendo que dois irmãos desta família, Bernhard e Harald, animaram-me a ir pesquisar na embaixada Suíça na Gloria no rio e indo lá com Harald encontramos alguns nomes com as respectivas profissões. E, assim, escolhemos Otto Wermelinger de lucerna o qual era encadernador de Livros, com quem mantive trocas de cartas alguns anos e em 1967, o seu filho, Walter Wermelinger veio visitar o Brasil filmando em diversos lugares como Rio, Niterói, Duas Barras, Sumidouro ( casamento de Ana Maria, filha de Antonio Wermelinger), Itaocara (produção de cachaça dos filhos de Maria E. Wermelinger) filmes estes, que fizeram muito sucesso na Suíça, pois que eram uma sociedade completamente diferente, sendo assistidos por mais de 300 pessoas. Evidentemente a emoção de Walter Wermelinger da costa só é compreendida por aqueles que saíram da tribos dos seus ancestrais e foram viver em outra sociedade de valores completamente diferentes, podendo dizer, quase opostas.

Dr Walter Wermelinger

NASCIMENTO DO CONTATO ENTRE A FAMÍLIA WERMELINGER DO BRASIL COM A FAMÍLIA WERMELINGER DA SUÍÇA


Quando residi em Duas Barras até os oito anos de idade não tinha a mínima noção do que era a Suíça e, só quando fui para Nova Friburgo é que comecei a entender principalmente pelo hino da cidade que cantávamos na escola que dizia:”salve brenhas do Morro Queimado que os suíços ousaram varar...”
Comecei a assistir filmes conhecendo mais ainda a Suíça, pois de vez em quando havia referencias ao canivete suíço como no filme Red River (Rio vermelho) ou o Queijo Suíço com o Gordo e o Magro, mas, sempre num sentido de respeito e posteriormente, soube que os suíços, em virtude de não haver trabalho para todos, empregavam-se como soldados contratados por outras sociedades ( mercenários), com isso adquirindo, fama de lealdade, pois ao contrário de outros mercenários, eram fiéis como aqueles que os haviam contratados, não se vendendo contra os quais lutavam, mesmo que até fossem defensores de princípios democráticos( pois a Suíça era o único país do Mundo que tinha uma democracia direta).exemplo: Na queda da bastilha na Revolução francesa os mercenários suíços ficaram fiéis a Monarquia, morrendo todos em luta contra os Revolucionários, sendo por isso homenageados em monumento na Suíça. Um fato que comprova isto, é que a guarda do vaticano até hoje é composta por suíços, mesmo sendo a Suíça uma sociedade cuja metade dos habitantes são protestantes;Meu avô Norberto, contou certa ocasião que um determinado brasileiro, acostumado com deficiência do nossos Correios, foi convidado para uma festa, e como resolveu não comparecer, informou que havia enviado um telegrama, entretanto, o anfitrião suíço pesquisou nos correios de lá e verificou que o brasileiro mentira.

Em Niterói conheci famílias membros da colônia alemã tais como: Gauderer, wendelin, Berk, Gubitz, sendo que dois irmãos desta família, Bernhard e Harald, animaram-me a ir pesquisar na embaixada Suíça na Gloria no rio e indo lá com Harald encontramos alguns nomes com as respectivas profissões. E, assim, escolhemos Otto Wermelinger de lucerna o qual era encadernador de Livros, com quem mantive trocas de catas alguns anos e em 1967, o seu filho, Walter Wermelinger veio visitar o Brasil filmando em diversos lugares como Rio, Niterói, Duas Barras, Sumidouro ( casamento de Ana Maria, filha de Antonio Wermelinger), Itaocara (produção de cachaça dos filhos de Maria E. Wermelinger) filmes estes, que fizeram muito sucesso na Suíça, pois que eram uma sociedade completamente diferente, sendo assistidos por mais de 300 pessoas. Evidentemente a emoção de Walter Wermelinger da costa só é compreendida por aqueles que saíram da tribos dos seus ancestrais e forma viver em outra sociedade de valores completamente diferentes, podendo dizer, quase opostas.

Dr Walter Wermelinger